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Nascido em São Paulo, é formado pela Faculdade de Odontologia de Santo Amaro - Unisa, especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares, posgraduado em Ortodontia e mestrando em Ciência da Saúde
 Dúvidas Frequentes
O QUE É APNÉIA DO SONO?
A palavra grega “apnéia” significa “sem respiração”.
A apnéia do sono é um distúrbio respiratório onde ocorre a parada da respiração enquanto dormimos. É caracterizada por interrupções breves e repetidas, com duração de pelo menos dez segundos, numa freqüência maior que cinco episódios por hora de sono.
Existem três tipos de apnéia do sono: central, mista e obstrutiva. Apnéia central, que é menos comum, acontece quando o cérebro deixa de enviar comandos aos músculos responsáveis pela respiração. Está freqüentemente relacionada com problemas neurológicos e insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Apnéia obstrutiva ocorre quando, o cérebro envia comandos aos músculos respiratórios, porém a via aérea superior (faringe) está obstruída, geralmente pela língua e pelo estreitamento das paredes faringeanas. Esta é mais grave que a apnéia central, e está na grande maioria dos casos, associada com ronco alto e contínuo. Um terceiro tipo chamado de apnéia mista é a associação das duas anteriores.
Quanto à gravidade da doença, a Academia Americana de Medicina do Sono (AAMS) classifica a apnéia em leve (quando o número de ocorrências é inferior a 15 eventos por hora), moderada (quando o número de ocorrências está entre 15 e 30 eventos por hora) e grave (quando o número de ocorrências é superior a 30 eventos por hora).
A apnéia obstrutiva do sono é uma doença multifatorial, sendo conseqüência de um colapso ou um grande estreitamento da via aérea superior durante o sono. Esses podem ocorrer devido ao relaxamento da musculatura ao redor da faringe e podem ser potencializados pelo uso de bebidas alcoólicas, medicamentos sedativos e durante o sono profundo; excesso de tecido (hipertrofia de adenóide e amígdalas, palato alongado, língua volumosa, e mais raramente presença de cistos e tumores na faringe); obesidade (pelo acúmulo de gordura ao redor da faringe) e alterações do esqueleto facial (pessoas com queixo e maxila pequenos e posteriorizados). Dormir de barriga para cima (decúbito dorsal) pode facilitar este estreitamento em algumas pessoas.
Os principais sinais da doença são: ronco alto e freqüente, engasgos e sufocação durante o sono, sonolência diurna excessiva, cansaço ao acordar, dificuldade de memória, dificuldade de concentração, irritabilidade e depressão, obesidade, queixo pequeno, pressão alta e impotência.
Se você se enquadra na maioria destes itens, pode ser portador de apnéia obstrutiva do sono. Procure um especialista.
Além da queda na qualidade de vida pela sonolência diurna excessiva e a má qualidade do sono, há um risco aumentado para problemas cardíacos como hipertensão arterial (pressão alta), arritmia cardíaca (batimento cardíaco irregular) e infarto do miocárdio. O risco de se envolver em acidente automobilístico está aumentado entre quatro a sete vezes se comparado aos indivíduos normais devido à sonolência diurna excessiva.
O diagnóstico é feito através de um estudo do sono chamado polissonografia. Neste exame o indivíduo passará uma noite num laboratório de sono onde será monitorado por técnicos que o acompanham e obtém registros durante o sono. Nele são avaliados os batimentos cardíacos (eletrocardiograma), as ondas cerebrais (eletroencefalograma), pressão sanguínea, fluxo respiratório, atividade muscular (eletromiografia), nível do ronco dentre outros parâmetros.
Nenhum tratamento medicamentoso é eficaz para a apnéia obstrutiva do sono.
O tratamento conhecido como “padrão-ouro” para a apnéia é o uso do CPAP, sigla em inglês para pressão aérea positiva contínua, que se trata de um compressor de ar que conectado a uma mangueira e uma máscara, injeta ar nos pulmões impedindo a obstrução da via aérea superior. No entanto, o índice de rejeição a esse dispositivo é alto devido ao desconforto que ele proporciona.
Procedimentos cirúrgicos como adenoamigdalectomia (remoção da adenóide), amigdalectomia (remoção da amigdala) , uvulopalatofaringoplastia (redução do palato mole - a campainha), cirurgia para correção da obstrução nasal, cirurgia estética facial para correção óssea da maxila e mandíbula podem ser realizados em alguns casos. 
Mudanças comportamentais como perda de peso, dormir de lado, evitar uso de bebida alcoólica e medicamentos sedativos além da higiene do sono auxiliam no tratamento.
Aparelhos intra-orais vêm sendo utilizados com bons resultados durante o sono. Instalados por dentistas especializados em medicina do sono, esses dispositivos se encaixam nos dentes tal qual um protetor esportivo e ao levar a mandíbula para frente diminuem a possibilidade de a língua cair para trás - na garganta – durante o sono. Eles são minimamente invasivos e apresentam poucos efeitos colaterais, sendo nenhum deles de ordem irreversível. Apesar de a AAMS indicar esses dispositivos apenas para ronco simples e apnéia leve a moderada, são cada vez mais freqüentes os relatos de tratamentos com aparelhos intrabucais, bem sucedidos, em casos graves onde o paciente não se adaptou ou se recusou a usar o CPAP. 

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